sábado, 2 de julho de 2011

Congelando o pensamento

   A gente que escreve tem muitas ideias na cabeça, às vezes tantas que não consegue formulá-las e transformar num bom texto. Costumamos também ser exigentes com o resultado, e,  assim, muito assunto iniciado nunca se completa e nem mesmo vira texto. Vai direto pra lixeira.
    Quem gosta de escrever, normalmente tem o senso crítico aguçado para o que se passa a sua volta. Se for jornalista então, tem curiosidade, muita opinião e até palpites – uma avalanche de pensamentos sobre o poste de luz, o lixo nas esquinas, a saída de incêndio do seu local de trabalho (esta fundamental para nós na Siqueira Campos nº 1300), os resultados do campeonato brasileiro.
Com isso tudo martelando o seu cérebro o dia inteiro, principalmente quando não sobra tempo pra escrever sobre assuntos casuais, a confusão mental toma conta. Nestes momentos, que não são muito raros, o texto não sai. O meu talvez tenha ficado congelado nestes dias frios que tanto abomino. Não teve vinho que me salvasse e, por isso estou tentando voltar agora.
    O bom foi que voltei a tempo de ser solidária com o Renatinho. Ele teve a sorte de voltar pro Rio antes da próxima geada! Eu que não sou sua fã, fiquei foi com inveja! Por mais que não goste do Portaluppi, acho que ele está merecendo relaxar depois dessa puxada de tapete do Grêmio. Fugir do frio é sempre bom pra gaúchos cariocas como nós. Tenho certeza que em poucas horas naquele calorzinho, naquela paisagem, minhas ideias se coordenariam novamente.